domingo, 31 de agosto de 2014

Não se habitue ao que não o faz feliz...

Tenho deixado algumas dicas (muito vagas) sobre um novo projecto pessoal. Que este recomeço, marcado pelo início do mês de Setembro, trará novidades. Que estou com um nervoso miudinho dentro de mim.
 
É verdade! São boas, as novidades. Aquecem-me o coração.
 
Até ao dia D, faltam 35 dias. Começo hoje a contagem decrescente. Será um dia para mais tarde recordar. Será no dia 05 de Outubro. E será, sobretudo, a afirmação absoluta de que vale a pena sonhar.
 
Fernando Pessoa deixou escrito "Não se habitue ao que não o faz  feliz". Ele que se aborrecia de si próprio e dos outros de si que viviam consigo. Ele, esse homem, poeta maior, que tanta visão tinha sobre a vida.
 
Quem não se questionou já sobre a rotina das suas vidas? Quem não quer dar o grito do Ipiranga e dizer ao mundo que não está bem assim. Que lhe falta ainda entender o porquê de cá andar. Neste mundo que tem tanto de bom como de cruel. E, por vezes, por mais que procuremos e soframos com a busca de uma luz ao fundo do túnel que nos ilumine o caminho, esse caminho em que acreditamos, piamente, ser radioso e estar reservado para nós, não encontramos a resposta. Quando ela, afinal, pode ser tão simples.
 
Deixamo-nos toldar pela preocupação do que nos corre mal. Pela preocupação do que poderá vir a correr mal. Pela angústia de um emprego que não nos preenche. De um resultado menos bom e inesperado. Pela doença de alguém. Pelo desamor que nos habita.
 
Deixamo-nos vencer pelo cansaço. Porque viver cansa. E desistimos de contrariar Fernando Pessoa. Habituando-nos ao que não nos deixa felizes...
 
Faltam 35 dias para o culminar de um projecto pessoal que me tem dado tanto trabalho como prazer. Que me tem chegado às entranhas como o melhor dos elixires. Da criatividade. Da realização pessoal. E, sobre ele, começo hoje a falar, em contagem decrescente. Certa de que poderá ser uma inspiração para por quem aqui passar. Habituado ao que não o faz feliz. Porque se cansou. E deixou de acreditar.
 
Não descobri nenhuma fórmula mágica. Apenas acreditei em mim. E contei com o inesgotável apoio da minha família. Esse núcleo que me sustém e que se Fernando Pessoa fosse vivo iria gostar de conhecer. E poderia escrever qualquer coisa como: Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. No dia 05 de Outubro. Às 17h00

2 comentários:

  1. e eu tenho tanto orgulho no teu projecto! posso ir de pompons para apoiar?

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    1. Obrigado. Podes levar pompons, mas com a promessa de que levas uma saia rodada, meias até ao joelho e dois totós no cabelo. :)

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